Helenir Oliveira busca reunificar os professores

20/06/2014 17:13

Nascida em 20 de setembro, em Canoas, a nova presidente do Cpers/Sindicato, Helenir Oliveira, se diz “guerreira e faca na bota”. No entanto, ela garante que suas principais marcas de gestão nos próximos três anos serão o diálogo e a negociação com os professores e com o governo do Estado. Aos 60 anos, e com mais de três décadas como sócia do Cpers/Sindicato, a mãe de três filhos e avó de quatro netos assume a instituição com a missão de unir a categoria.

Jornal do Comércio – O que os professores podem esperar da nova gestão?

Helenir Oliveira –
Devemos assumir o Cpers no início de agosto. Nossa gestão pretende mostrar desde já que quer o diálogo e a negociação. Claro que depende do governo também aceitar conversar, mas se algum governador não quiser diálogo, ele próprio demonstra sua intransigência. Cabe a nós recorrer à categoria para definir como agiremos em cada situação.

JC – Isso inclui nova greve nos próximos meses?

Helenir –
Não vamos repetir o equívoco da gestão passada e iniciar greves sem falar com a categoria. Por conta disso, os professores estão recuados. É necessário reunificá-los antes de qualquer coisa.

JC – Quais as bandeiras da sua gestão?

Helenir
– Certamente, o piso salarial. Quero também voltar a discutir a educação. Houve um equívoco na implantação das modificações do Ensino Médio. É preciso debater com a categoria o que podemos fazer para melhorar o Ensino Médio. Outro ponto fundamental são os funcionários de escolas. Existem várias que têm o tamanho de uma quadra, com apenas um funcionário para todo o serviço. Essa sobrecarga de trabalho no Estado tem causado muitos problemas para esse setor, que não é promovido há 12 anos. As merendeiras, por exemplo, fazem a tarefa de distribuir as merendas. Porém, muitas delas acabam também sendo cozinheiras nas escolas. Carregam aquelas panelas enormes, saem do quente do fogão e entram nos freezer. São inúmeros relatos de choques térmicos, entre outras enfermidades. E ainda temos o fator inclusão. Os professores têm urgência em receber qualificação profissional para atuar nesta área. O risco de continuar como está é que esses alunos podem acabar se sentindo mais excluídos do que antes de entrar na escola.

JC – E o piso salarial?

Helenir –
O piso é o ponto principal e merece destaque. É o que precisa de solução o mais rápido possível. Afinal, todos queremos saber quando o governo do Estado vai cumprir a lei e pagar o salário que os professores têm direito. Vamos apresentar estratégias para resolver esse problema. Uma das propostas é iniciar, desde já, a disputa pelos royalties do pré-sal para garantir o pagamento do piso.

JC – A senhora já tem um levantamento sobre a situação das obras nas escolas? E da falta de professores?

Helenir –
Sabemos que há deficiência, mas não pude fazer o levantamento. Ainda trabalho na Escola Técnica Estadual Senador Ernesto Dorneles, na Capital, como supervisora escolar. E, até o ano passado, eu dava aula de inglês. A partir de agosto faremos esses diagnósticos, incluindo ainda a falta de funcionários nas escolas estaduais. Fonte:JC

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